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terça-feira, 17 de julho de 2012

O Homem que Calculava: aventuras de um singular calculista persa.


É um romance que li quando mais jovem. E apesar de todo o linguajar, paisagem, nomes e costumes, o livro não de nenhum autor árabe e muito menos obra traduzida da literatura árabe, como eu erroneamente supunha na época. 






Malba Taham, era escritor brasileiro, que mais tarde descobrir ser o heterônimo do professor Júlio César de Mello e Souza. Publicado pela primeira vez em 1938, o romance e já chegou a quase 100 edições, narra as aventuras e proezas matemáticas do calculista persa Beremiz Samir na Bagdá do século XII.

O autor descreve problemas matemáticos que bem poderiam ser problema reias do nosso cotidiano – mudando época e lugar – resolvidos de maneira simples e reforçado pela mensagem de respeito e admiração por esta ciência que tanta dor de cabeça dá aos alunos. Aprecie então, sem moderação.

Interessou-se Beremiz por um elegante e harmonioso turbante azul-claro que um sírio, meio corcunda, oferecia por 4 dinares. A tenda desse mercador era, aliás, muito original, pois tudo ali (turbantes, caixas, punhais, pulseiras, etc.) era vendido por 4 dinares.
Havia um letreiro, em letras vistosas, que dizia:
“OS QUATRO QUATROS”
Ao ver Beremiz interessado em adquirir o turbante azul, objetei:
- Julgo loucura comprar esse luxo. Estamos com pouco dinheiro e ainda não pagamos a hospedaria.
- Não é o turbante que me interessa – retorquiu Beremiz – Repare que a tenda desse mercador é intitulada “Os Quatro Quatros”. Há nisso tudo espantosa coincidência digna de atenção.
- Coincidência? Por quê?
- Ora bagdali – retorquiu Beremiz – a legenda que figura nesse quadro recorda uma das maravilhas do Cálculo: podemos formar um número qualquer empregando quatro quatros!
E antes que eu o interrogasse sobre aquele enigma, Beremiz explicou, riscando na areia fina que cobria o chão:
- Quer formar o zero? Nada mais simples. Basta escrever:
44 − 44
- Estão aí quatro quatros formando uma expressão que é igual a zero.
Passemos ao número 1. Eis a forma mais cômoda: 44 / 44
- Representa essa fração, o quociente da divisão de 44 por 44. E esse quociente é 1. Quer ver agora, o número 2? Podem-se aproveitar facilmente os quatro quatros e escrever: 4 / 4 + 4 / 4
- A soma das duas frações é exatamente igual a 2. O três é mais fácil.
Basta escrever a expressão: 4+4+4 / 4
- Repare que a soma 12, dividida por quatro, dá um quociente 3. Eis, portanto, o 3 formado por quatro quatros.
- E como vai formar o próprio número 4? – perguntei
- Nada mais simples – explicou Beremiz – o 4 pode ser formado de várias maneiras diferentes.
Eis uma expressão equivalente a 4:       4   +   4 - 4 / 4
- Observe que a segunda parcela 4 - 4 / 4 , é nula, e que a soma fica igual a quatro. A expressão escrita equivale a 4 + 0, ou 4.
Notei que o mercador sírio acompanhava atento, sem perder palavra, a explicação de Beremiz, como se muito lhe interessassem aquelas expressões aritméticas formadas por quatro quatros.
Beremiz prosseguiu:
Quero formar, por exemplo, o número 5. Não há dificuldade. Escreveremos:   4 x 4 + 4   /   4
- Exprime esse arranjo numérico a divisão de 20 por 4. E o quociente é 5. Temos desse modo o 5 escrito como quatro quatros. 
A seguir passemos ao 6, que apresenta uma forma muito elegante: 4+4 / 4   +   4
- Uma pequena alteração nesse interessante conjunto conduz ao resultado 7 44/4   -  4 
- É muito simples a forma que pode ser adotada para o número 8 escrito com quatro quatros: 4 + 4 + 4 − 4
- O número 9 não deixa de ser também interessante: 4 + 4 + 4/4
- Eis agora uma expressão muito elegante, igual a 10, formada com quatro quatros 44 - 4  /  4
Nesse momento o corcunda, dono da tenda, que estivera a acompanhar a explicação do calculista em atitude de respeitoso silêncio interesse, observou:
- Pelo que acabo de ouvir, o senhor é exímio nas contas e nos cálculos.
Dar-lhe-ei de presente o belo turbante azul se souber explicar certo mistério encontrado numa soma, que há dois anos me tortura o espírito.

E aí gostou? Não vá embora sem deixar seu comentário. Breve traremos outras façanhas de Beremiz Samir, e Hank Tade-Maiá, amigo e companheiro de viagem: o narrador das histórias do homem que calculava.








Fonte:

Expediente.
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Um comentário:

  1. Malba Tahan é um gênio dos números e das letras. Explicar a matemática como se fosse um romance, uma história, um causo, é demais. Admirável esse calculista.

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